Vi recentemente uma entrevista com a dupla de forró cearense Ítalo e Renno que canta a música Ceará Terra da Luz, uma composição do outro cearense Fagner. O refrão dessa música faz qualquer um se sentir emocionado, vejam só: “Porque sou cearense, sou brasileiro/sou apaixonado pelo meu lugar/eu trago no peito um amor verdadeiro/eu sou da terra da luz, eu sou do Ceará”.
Na entrevista a repórter perguntou ao Ítalo e Renno se eles cantam músicas que fazem apologia ao álcool ou a quaisquer drogas, ou ainda que tenha duplo sentido. A resposta foi enfática: NÃO. Eles argumentaram que o show que fazem costuma ter público que varia de crianças de 8 anos a idosos de 80 anos de idade e que a música deve cumprir seu papel social com agente de educação. Resposta perfeita, NOTA 10!
Recentemente também vi reportagem sobre o Projeto de Lei da Deputada Luíza Maia (PT-BA) que quer proibir o Governo do Estado e as prefeituras baianas de contratar bandas que cantem musica de duplo sentido, principalmente aquelas que denigrem a imagem da mulher. Essa história virou uma polêmica e tanto. Componentes de bandas da Bahia e outros grupos do Brasil, que cantam “essas pérolas” saíram em defesa de suas músicas (?). Disseram que não há nada demais em chamar as mulheres de “cachorras”, “safadas”, “raparigas”, etc. Afirmaram também que não há nada de imoral em cantar versos onde manda a mulher tirar a calcinha, descer na boca da garrafinha e levar tapa na bundinha. Nota 10 de novo, agora para a Deputada Luiza Maia.
Recentemente no Baixio, Ceará, durante as festas juninas veio para praça pública um tal de Flávio Pisada Quente – acho que é esse o nome dele – que ao cantar improvisava uns versos sem o menor respeito as crianças e as demais pessoas no local. Se não me falha a memória ele estimulava todos a pronunciar o termo “chulo” para ânus pedindo para completar o verso; “vou pintar meu corpo todo de azul até chegar no c...”. Triste isso, porém, mais triste ainda foi perceber crianças e até adultos pronunciaram esse termo desagradável para completar a “riqueza” literária do artista. Certamente o Flavio Pisada Quente também deve achar que isso não tem importância.
E só para terminar, pois é impossível tragar certas “peças de arte”, tem uma tal de dupla chamada de Leo e Giba que gravou uma música que tem como título “Estudar Pra Quê?”. “Reparem nos versos:” Eu vou sair da aula pra festar, pra festar, pra festar/Até o dia amanhecer eu vou beber, vou beber, vou beber/Hoje eu caio na balada, vou responder a chamada/Professor nem vai me ver...Na segunda e na terça to cansado, tô doido/Porque nossa cervejada foi de sexta até domingo/São dois dias de ressaca pra tentar recuperar/Professor me desculpa mas tá duro de estudar...”
Bom, eu sei responder a pergunta que é também o título da música “Estudar pra Quê?”. Eu diria que se deve estudar para ter senso crítico e com isso não ouvir, não comprar e não ir a shows de sujeitos como esses. Ficar sem estudar, sem cultura e sem conhecimento como um idiota e ignorante, é o que esses caras querem, pois só assim a pessoa aceita tudo e ouve qualquer coisa sem questionar. Uma coisa é certa, esses males não vêm para o bem. Nota ZERO para todos. Está na hora desses cantores (?) voltarem a estudar, se é que eles já estiveram numa sala de aula alguma vez.
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