quinta-feira, 18 de agosto de 2011

ODÍLICO FATO



Por você tudo, até mato
Às vezes nem me trato
Outras vezes dos sonhos me desato.
Não me limito, faço contrato
Só para viver sob seu inquilinato.
Dependência causa infarto?
Será que tenho sete vidas como um gato?
E olha, ainda nem fiz nosso porta-retrato.
Vou praticar esse ato
E claro, bem grande, renego 3X4
Sua digital tem megapixel 18.4?
Por você sinto-me astro de teatro
Seminarista tarado, longe do internato
Um supra-sumo seu, um amante exato.
Sou seu superávit no extrato
Para que amor barato?
Vamos viver tudo, façamos um pacto.
Achou isso insensato?
Espera para ver o último ato
Desse poema nada casto
E talvez emblemático:
Mas ele compõe-se de fato
Do desejo em impacto
Do gozo fantástico
Do final orgástico.

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